De uns tempos pra cá, os ativistas de plantão e os jornalistas eco-chatos resolveram traçar um novo vilão da natureza: as sacolinhas de supermercado.
Segundo pesquisas, essas destruidoras do planeta demoram cerca de 300 anos para se decompor e, se pensarmos na quantidade existente delas no planeta, em breve, viveríamos sobre um mar de plástico.
Ok. Elas causam danos.
Mas, não acredito que o fim delas seja menos danoso. Afinal de contas, se pararmos de levar essas sacolas para casa, onde colocaremos nosso lixo? Em sacos de papel? Ou teremos que comprar sacos plásticos no supermercado para isso?
Sinceramente, acho que mais importante que fazer campanhas para o fim das sacolinhas é brigar para que elas sejam feitas com componentes biodegradáveis. Ou seja, que demorem menos tempo para se decompor e que, na decomposição, não agridam o meio-ambiente.
Aliás, deveríamos brigar também para que essas sacolas passassem por um rigoroso teste do Inmetro. Por que basta ter que carregar 2 litros de leite para casa para termos também que levar, no mínimo, duas sacolinhas para casa. Caso contrário, o leite das crianças ficará pela calçada.
Então, juntem-se ao meu coro: "Por favor, salvem as sacolinhas!"
Abraços,
Clara
Nunca havia visto a questão a partir desse ponto, Clara. Achei uma boa proposição. Tudo bem que a questão do lixo vai além de onde o colocamos para jogar fora. Há o problema de onde ele é depositado, mas lutar para que as sacolas sejam menos agressivas ao meio ambiente é uma boa solução. Daí que você chega onde eu imagino que seja o centro do debate. A problemática da degradação ambiental foi nos passada sem pudor nenhum. O que deveria ser um tema da agenda política e econômica - obviamente com o envolvimento público - é lançada no colo da sociedade civil e agora nós é que temos que nos virar. Óbvio que a conscientização da população é mster para acabar com o problema, mas o trabalho deve ser feito com o Estado. Depois vão pedir mais o que? Que nos amarremos aos troncos das árvores amazônicas para impedir o desmatamento? Quando o MST toma posse de latifúndios e força a parada do avanço das fronteiras agrícolas eles são vândalos financiados pelo Estado. Será que devemos ir para os oceanos salvar também as baleias! Tudo é muito estranho. Todo discurso é vendido sem maiores esforços. Sorte que há jovens que pensam é conseguem achar os subterfúgios malignos das argumentações vazias. Salvem as sacolinhas!!!
ResponderExcluirThales,
ResponderExcluirconcordo q o problema maior e mais grave seja o que fazer com o lixo q produzimos e não onde o colocamos para jogar fora.
Mas a questão é justamente essa q vc falou: passam para o cidadão a responsabilidade total de salvação do universo galaxial (vide "a hora do planeta"). Mas quase ninguém questiona as empresas que poluem e esquentam nosso planetinha. Ninguém se pergunta onde está a fiscalização e a execução de leis que realmente nos protejam de assar no mármore do inferno antes mesmo de morrer.
E aí, dá-lhe campanha pra gente ficar carregando saco de papel (feito com o corte de árvores), pra tomar banho mais curto e blablablá.
Não q não tenhamos q contribuir. Mas não vai ser a ação de formiguinha q vai mudar as coisas. Eu, sinceramente, nunca acreditei nessa fábula.
Bjo!
Clara