domingo, 27 de abril de 2008

Façam suas apostas!

Terminada a reconstituição do crime-novela que comove o país e dado o tamanho do espetáculo que se está fazendo em torno do caso, não duvido nada nada que, atualmente, nos botecos, além de bolões sobre futebol, um outro tipo de aposta toma conta das discussões: quem matou Isabela Nardoni?

Por que, como já sabemos, faz um certo tempo, quem matou Odete Hoitman, resta-nos especular sobre a morte da menina, certo? E o Aliás não vai ficar fora dessa!

Por isso, estou lançando aqui e agora um bolão pra ver se a opinião de nossos poucos leitores irá de encontro com o laudo final das investigações.

Então, vamos lá:

Pra você, o(s) assasino(s) da menina é/são:

a) o pai e a madrasta
b) o prefeito do Rio, César Maia, pra ver se tira a dengue de foco (hein, hein... entendeu o trocadilho??)
c) a torcida do Corinthians, por que, se eles cairam, todos têm que cair.
d) Nenhuma das anteriores.


Antes que alguém fale alguma coisa, já vou dizendo que nós temos todo e total respeito pelo caso. Também achamos - não é mesmo, Jaque? - que cobrir um acontecimento tão cheio de peças que não se encaixam é algo que tem que ser feito.

A única coisa que questiono é o show (inclusive de audiência) que a morte de Isabela se tornou. Divulga-se qualquer coisa em nome da "notícia". Pouco importa se o que se mostra será determinado como verdade pela perícia ou quem quer que seja. Simplesmente coloca-se qualquer coisa no ar ou no papel em nome de ganhar um trocadinho a mais.

E tenho dito!


Clara

sexta-feira, 25 de abril de 2008

É simples viver uma vida simples?

A Organização das Nações Unidas vai lançar uma campanha em prol da vida simples. A proposta é de que, com a adoção de um estilo de vida menos luxuoso, os cidadãos do mundo estarão colaborando para a diminuição do aquecimento global.
Trocar o carrão 4x4, movido a diesel, por uma bicicleta (o cavalo de ferro da Jaque); consumir menos produtos plásticos e não utilizar aparelhos com baterias (leia-se celulares, i-pods e afins) acredito eu que sejam algumas das coisas que configuram na lista de possíveis ações que determinam a tal vida simples proposta pela ONU.
Pois é. Legal.
Agora, conta pra mim, vivemos em um mundo capitalista, não vivemos? E viver num mundo capitalista inclui comprar coisas, não inclui? E, só mais uma pergunta, comprar coisas inclui despertar desejos e necessidades, certo?
Pois é. Legal, mais uma vez.
Caríssimos, se precisamos comprar coisinhas pra que a roda do mundo continue a girar, e, se cada vez mais temos tudo e, por isso mesmo, o consumismo apela pro supérfulo do supérfulo, explica pra mim como é que essa campanha da ONU vai pegar?
Explica pra mim como é que vamos ser convencidos de que precisamos largar mão do nosso celular de última geração por que ele colabora com a poluição de um mundo todo poluído?
Ahh, pode-se usar o argumento de que o mundo vai acabar, de que nossos filhos, netos e bisnetos não desfrutarão das maravilhas naturais que temos e tivemos.
Sinceramente, num planeta em que convivem pessoas que tentam não morrer de fome com outras que lutam, com o mesmo vigor das primeiras, pra juntar mais um milhãozinho na conta, alguém aí acha que uma campanha para a vida simples vai ter algum efeito para além do blábláblá?
Eu acho que não.
Será que eu verei o dia em que a ONU vai fazer uma campanha que saia da esfera da atuação midiática e parta realmente para a ação que não necessariamente ação militar das suas “forças de paz”?
Bom, responda quem puder.

Dica do dia (ou da semana... ou do mês...): Assista: “Hotel Ruanda”. Grande filme !



Clara