sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Em respeito aos pequenos


Em março deste ano, a menina Isabela Nardoni foi morta em circunstâncias ainda não esclarecidas. Em setembro, dois garotos foram esquartejados pela madrasta, em Ribeirão Pires, São Paulo. No último dia 05 de novembro, Rachel Maria Lobo de Oliveira Genofre, de 9 anos, foi encontrada morta dentro de uma mala abandonada na rodoviária de Curitiba.

Neste último caso, a menina sofreu, ainda, abuso sexual. A polícia investiga se o assassino atraiu a vítima através do Orkut.


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Eu sei que muita gente vai me chamar de radical, de estar fazendo uma má comparação... Mas a gente sabe que a violência contra crianças começa dentro de casa. Afinal de contas, quem é que não conhece alguém que já apanhou dos pais?

Quando é que vamos parar de pensar que, como diz aquela frase, "bater em adulto é agressão, em bicho, é judiação, e em criança é educação"??

Acho eu que, quando mudarmos essa nossa mentalidade, mudaremos também a relação de autoridade que temos com os pequenos. Aí, quem sabe, eles são mais respeitados e deixam de ser vistos como coisa.


Abraços.


Clara Araújo

6 comentários:

  1. Há quanto tempo vocês tem esse blog que eu só descobrir hoje? Os textos estão ótimos e as ilustrações admiráveis. Parabéns meninas!!

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  2. A violência contra crianças causa muita indignação e revolta e é verdade que na maioria das vezes começa dentro de casa. Mas quem é que tem filhos e nunca teve vontade de dar(e deu) "um tapinha na bunda" dos pequenos? Será que, dependendo da situação, isso não é melhor que a total falta de limites? Xi, isso vai dar o que falar!!!

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  3. Olha, vou falar por experiência própria.
    Nunca meus pais me bateram. Nem um tapinha. Nada.
    E eu aprendi a ter limites. Mesmo assim.
    Os pais já são para os filhos uma autoridade. Não é preciso fazer uso da força física para provar isso.
    Acho q, qdo se bate, se mostra q perdemos o limite tanto quanto quem estamos "ensinando" a tê-los.

    Clara

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  4. Concordo que, quando é preciso usar a força física, é porque já perdemos todos os nossos argumentos e, assim, demonstramos nossa falta de controle. Não que eu não ache que, muitas vezes, exista a vontade de usá-la e, em algumas situações, essa vontade, infelizmente, seja manifestada. Agora, achar que isso é correto e é uma forma de educação é muiiito equivocado! Respeito e limites a gente coloca com bons argumentos, com a força da palavra e com muito, mas muito mesmo, carinho. É a famosa lei da ação e reação. Como sempre disse minha mãe, nada melhor do que sentar e brincar com uma criança para viver essa mágica troca de carinho. O respeito começará por aí, com lealdade e admiração.

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  5. Oi Clara,
    Muito bom o seu texto, mas não creio que a origem de toda violência infantil seja em virtude de medidas punitivas como tapinhas. É claro que uma vez havendo excesso devem ser punidas. E realmente, tem razão muitas agressões começam dentro de casa. Mas eu penso que a origem desse mal esteja na própria falta de educação e, principalmente, de amor (onde a educação está incluída) nessas relações. Talvez, se houvesse relações mais equilibradas de amor, e, assim respeito, a violência seria expurgada do nosso convívio, mas acontece que um tapinha, muitas vezes, não tem por origem uma má-criação e sim uma reclamação do chefe no trabalho. As violências que vocês citou, ao meu ver, tem como origem geral a falta de amor ao próximo, mas cada qual possui sua causa específica. Penso que seja preciso descortinar cada qual para se chegar a solução do problema.

    Concordo com o seu comentário feito no post, também nunca precisei levar "tapinhas" para ter limites. É de se pensar na qualidade do tempo que os pais passam com seus filhos, muito mais do que a quantidade.
    Há de se pensar também de como a escola fomenta e participar da evolução do aluno e suas relações familiares, acontece que há uma verdadeira massificação, e automatização das relações, e elas tendem a ser balizadas por medidas econômicas, imediatistas e rápidas.
    Ah, adicionei seu blog, para ficar acompanhado, bom final de semana!

    abs

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