
É, pessoal, começou o ano! Agora, como diz o sábio guru José Simão, estamos vivendo o insuportável intervalo entre o carnaval e o reveillon. Mas, mesmo com o fim da folia declarada e do inicio de nossas atividades, eu, atrasada que sou, farei uma breve reflexão sobre o que eu vi desfilando nas avenidas. Vi pela TV, meio picotado, mas vi. E o que eu vi foi o seguinte: após as mulheres esqueléticas, estamos vivendo a era das mulheres-tanque.
Viviane Araújo e Gracyane Barbosa são os exemplos que eu posso citar por que são as que eu sei o nome. Mas existe uma legião de mulheres mega malhadas que desfilaram purpurinadas no Rio e em SP.
Essas mulheres são o reflexo da "geração saúde" que a gente vive. Olhando por esse lado, eu as prefiro em relação às modelos anorexicas tipo Kate Moss. Mas, tanto as magrelas quanto as tanquinho-siliconadas são fruto do excesso de preocupação com o corpo.
Você pode estar pensando: Mas essas moças vivem disso, oras...
E eu te repondo: pobre delas!
Pobre delas que vivem uma vida vazia que só encontra recheio nas academias e clínicas de estética. Pobre delas que não entendem que a vida é mais do que uma panturrilha bem definida. E pobre delas por que, malhando desse jeito, ficam parecendo qualquer coisa, menos mulheres. Ente elas e os travestis da Rua Augusta, não há quase diferença (com todo respeito aos últimos).
Esse texto pode parecer o desabafo de uma despeitada, furiosa por que os meninos preferem as gostosonas. Mas não é. Eu juro!
Abraços,
Clara